segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Eba! As férias escolares chegaram!!!!

Eu não enlouqueci nem surtei! Estou de verdade muito feliz com a chegada das férias escolares. E nunca estive assim!
Como todas as mães que trabalham fora, sempre tive pânico das férias escolares: onde vou deixar a pequena enquanto trabalho? que dó deixar ela largada dentro do “apertamento”, sem amigos para brincar....
Desta vez, sem trabalho, o sentimento é outro: alívio que as aulas acabaram. Férias significam que eu posso me livrar um pouco do relógio e relaxar. O horário de acordar e dormir fica mais flexível, o almoço e o jantar podem atrasar, o banho pode ser qualquer hora do dia, não preciso correr para chegar na hora de entrada e saída da escola, enfim, terei férias também.
E morram de inveja: as avós estão brigando para ver quem vai ficar com a pequena! Conclusão: posso ainda me dar o luxo de “despachar na segunda e só buscar na sexta”!
Enfim chegaram as minhas férias....
Bjs,

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cansei!


Como todo profissional cansei! Faz 8 meses que estou sem trabalho e cansei dessa vida. Sem trabalho é igual a ter trabalho.
Ultimamente ando trabalhando muito para conseguir administrar minha vida sem enlouquecer. Quando a gente está sem trabalho, se entope de obrigações para se sentir útil e depois reclama que tem muita coisa pra fazer. Já vi essa história com a minha mãe, minha sogra. Hoje entendo que tanto elas batem perna por aí o dia todo (já perceberam que mãe sempre tem coisa pra fazer, que sempre tá ocupada?!?!?)
Já disse que muita gente sente inveja porque acreditar piamente que tenho tempo para fazer o que quero, quando quero e onde quero....Bobinho, ledo engano! Cansei! Hoje a vida é como ter um emprego. Você tem objetivo, meta, prazo, quer ser reconhecida, empurra com a barriga as tarefas chatas, finge que tá trabalhando, dorme escondida no banheiro para ninguém ver... tá tudo igual! A diferença é que não tem salário no fim do mês.
Comparando com o emprego, os 3 primeiros meses tudo é lindo e maravilhoso. O novo chefe é muito melhor que o antigo, simpático, gentil, educado, ele incentiva e elogia seu trabalho. Os colegas de trabalho são fabulosos e divertidos. O trabalho em si é fascinante, desafiador, estimula e usa todo seu conhecimento e intelecto. Isso dura o tempo de experiência! Ok, não vou reclamar, meus 3 primeiros meses sem trabalho foram bem legais, curti bastante.
Depois você começa a cair na real – o chefe não é tão legal assim, a empresa não é “A Melhor Empresa para se Trabalhar” e os colegas querem puxar seu tapete. Mas você se engana por um tempo, achando que é coisa da sua cabeça, que vale a pena e continua trabalhando, afinal, todo mundo precisa pagar contas. E algumas coisas mudam: o sorriso, antes constante, fica mais raro; o stress aumenta; o cansaço e a sensação de segunda-feira chuvosa dura a semana toda.
É, sem trabalho as coisas são bem parecidas. Antes era uma delícia testar uma receita nova pra família – hoje você faz o que tem ou é mais fácil (macarrão com molho e salsicha – que eu adoro por sinal!). Era legal arrumar a casa e deixar cheirosinha para quando todos chegassem – hoje você reclama porque ninguém ajuda e larga as coisas espalhadas pela casa. Nos 3 primeiros meses você tinha tempo de fazer nada, ler um livro, assistir filmes, jogar videogame. Passado o período de experiência esse tempo some ou diminui muito – são tantas obrigações diárias e repetitivas que você criou para você mesma que simplesmente não consegue mais ter tempo livre – igual na empresa.
E chega a fase dos 7 meses em diante – cansei desse trabalho, meu chefe é um idiota, meus colegas um bando de puxa saco e sanguessuga, quero outra vida, a grama do vizinho é mais verde! Quero férias ou estar sem trabalho!
Sem trabalho é a mesma coisa – já ouvi diversas pessoas que estão sem trabalho reclamarem a mesma coisa: as pessoas acham que eu não tenho nada pra fazer só porque estou em casa, queria estar trabalhando, na empresa era melhor... E quem está trabalhando acha isso um absurdo, afinal é ela que tem que acordar cedo e trabalhar o dia todo com o chefe idiota!
É parece que não existe equilíbrio nesse assunto. Uns querem mais, outros menos, mas a verdade é que eu cansei!
O que vou fazer? Ué, o que todo mundo faz: procurar um novo emprego. Será que depois de 3 meses no emprego novo também vou começar a cansar?????
Bjs

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Tempo, cadê o tempo?????


Tempo, tempo. Cadê o tempo? Como ter mais tempo e ao mesmo tempo não desperdiçar? Onde está o tempo?? Ficou escasso ou usamos de forma errada?
Já dei cursos e palestras sobre administração do tempo. Engraçado, agora eu não sei administrar meu tempo! Ou estou usando o meu tempo de forma errada... acho que fico com a 2ª opção.
Estava com uma idéia pronta para escrever quando caíram nas minhas mãos duas matérias que me tiraram o foco do tema e atrapalharam uma semana toda! Uma, no Estadão, era  sobre a novela (eu não li inteira porque não gosto e não acompanho novela – não sei nem qual é a novela), mas o que importa era que estava falando de um personagem que é dono de casa, com uma esposa megera e ele é um doce e por ai vai... Fiquei pensando e não entendi o espanto porque há 5, 6 anos atrás meu marido fez esse papel e não era nada demais. Por sinal, quando vou levar a minha pequena na escola, tem vários pais, e não mães, levando e buscando. Já encontrai até pai no sacolão de tarde! Mudança de papéis, colaboração com a família, seja o que for, é uma realidade e deve ser vista como normal, sinais dos tempos atuais.
Logo na seqüência, peguei uma revista institucional da academia Curves – só para mulheres, e encontrei um texto, do Anderson Cavalcante: “A mulher atual e seu cotidiano”. Me interessei e li. Fala basicamente dos 10.000 papéis que temos que desempenhar na modernidade: “mãe”, “amiga”, “profissional de sucesso”, entre outros. O que mais me chamou a atenção foi quando ele escreveu que se tiver no momento de focar na vida profissional, caia de cabeça “sem se sentir culpada pela grande atenção dada ao trabalho. Contudo, se estiver num momento mais família, não tenha medo de ser feliz! Divirta-se com seus filhos, cuide da casa e do marido com carinho e faça o que te der prazer, sem pensar nos rótulos”. A-D-O-R-E-I e comecei a elucubrar novos temas para escrever!!!!
E o que o meu tempo tem a ver com isso??? Era domingo e pensei:  amanhã, sento, escrevo e publico, certo?!? ERRADO! Na segunda muitas coisas para fazer, tempo zero. Na terça, a mesma coisa, na quarta, idem... cadê o MEU TEMPO? Que tanto eu fiz?
Usando a teoria de administração do tempo, nesses 3 dias e portanto 72hs, gastei meu tempo assim:
Para mim – 45h (63% do meu tempo)
·         3h de academia
·         5h30 de curso
·         9hs para meu projeto
·         19h30 de sono
·         1h30 de banho
·         1h30 de banheiro (sou filha de Deus!)
·         5h me alimentando

Para casa, família – 16h (22%)
·         3hs de supermercado (ainda não fiz toda a compra, falta a feira!!!)
·         3hs de louça
·         2h para lavar metade da roupa
·         2h para por a pequena para dormir
·         2h para levar o carro no mecânico
·         3h para preparar almoço e jantar
·         30 min lavanderia
·         30 min de farmácia

É, ainda faltam 15% do meu tempo que eu não sei onde gastei. Fiz o que? Indo onde? São 11 preciosas horas que eu não sei onde foram parar.
Sabe o pior dessa história? Eu queria nesses três dias ter sentado na segunda para escrever, na mesma segunda ter postado uma foto no face (vou fazer daqui a pouco), ter sentado na frente do X-Box e continuado a jogar Madness Alice, ter lido mais um pedaço do livro 50 anos a mil – Lobão, ter feito a feira (estou sem alface e sem frutas), ter feito massagem, ter passado na minha mãe, ter dormido mais 2h por dia...
Se você analisar, podia ter feito tudo isso... ou não! Será estou querendo fazer muitas coisas? E nem posso dizer que estou usando meu tempo para os outros e portanto de forma errada, porque, a maior parte dele está sendo usada comigo mesma! Difícil... acho que sem solução....
Bjs

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Dinheiro – realizando desejos

Quem disser que ele não proporciona felicidade tá mentindo. Todo mundo quer e precisa de dinheiro. E quanto mais melhor!
Acabou o seguro desemprego e ainda não tenho um trabalho efetivo, só este temporário. Quem disse para o governo, que me cobra tantos impostos e taxas, que em 5 meses estaria empregada??? Preciso de mais meses de “salário”.
Não que o dinheiro do seguro fosse uma fortuna – 1/6 do meu último salário – mas estou desesperada! Não preciso de dinheiro para minhas necessidades (não estou passando fome – se bem que me ajudaria a emagrecer um pouco) mas falta dinheiro para meus desejos!
Dinheiro é um assunto complicado. Todo mundo quer ser um bom samaritano, dizer que não precisa dele, que se tiver tudo bem, mas que também, se for preciso, corta as contas e vive com pouco – afinal faz parte da natureza humana se adaptar.
Dinheiro é bom demais. Trás muito prazer. Que delícia entrar numa loja, comprar o que você quer, sem pechinchar e sair satisfeita, sem culpa por ter gastado dinheiro.
Ouvi uma vez (e não me lembro onde) que faz parte da cultura brasileira ser humilde, que o brasileiro tem vergonha de dizer que ganha dinheiro, que é rico, que gasta com bobagem. Concordo. Quantas pessoas que você conhece que dizem com prazer, e não vergonha ou culpa, que pagaram só (?!?) R$ 1.500,00 num sapato? Poucas... A maioria diz que pagou pouco, que nunca pagaria por isso e por ai vai....
O que você prefere – um carro automático, com ar condicionado ou um carro popular sem nada disso? O que você prefere – jantar num restaurante ou lavar a louça do jantar? Essas coisas boas da vida só conseguimos com dinheiro, então não vem me dizer que você viveria numa boa com pouco!
Tive um gerente que dizia que tinha prazer em pagar o preço que fosse para fazerem coisas para ele que ele não queria, não gostava ou não sabia fazer.
Voltando a minha situação, o que mais me incomoda hoje, não é o pouco (quero meu seguro desemprego de volta!!) mas sim, depois de 13 anos tendo um salário, não ter absolutamente nada entrando na minha conta corrente. Alguns prazeres da vida sumiram – passear no shopping e comprar, gastar com um bom almoço fora – e eu não sou consumista, muito pelo contrário, sou bem comedida nas compras.
Então inicio uma campanha a favor da criação de um salário para o Trabalho Temporário: Sem Trabalho!. Enquanto as pessoas estiverem nesse trabalho devem receber um salário – seja do governo, dos pais, do marido, dos avós, alguém tem que ajudar, porque não ter dinheiro para realizar os desejos é o fim!
Bjs

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Empregada doméstica: ter ou não ter

Primeiro quero deixar claro que sou 90% a favor do fim desta profissão e que as pessoas que a exercem devem migrar para outras áreas. Mas existe 10% dentro de mim que quer tanto que elas existam para sempre...
Quem está no trabalho temporário acaba assumindo as atividades domésticas, independente se é homem ou mulher. Não que quando eu estava em uma empresa não as fizesse, mas agora elas são exclusivamente minhas.
Venho pensando muito nesse assunto e escrevo para refletir o dilema de tê-las ou não tê-las. Cresci em família de classe média e sempre tive uma empregada doméstica para arrumar, lavar, passar e cozinhar. Ainda ajudava a guardar as compras, cuidar das crianças, enfim, um braço direito para minha mãe.
Casei e nunca tive uma empregada doméstica. Não que não pudesse pagar, mas me incomoda ter uma pessoa diariamente em casa, vendo tudo o que eu faço, como, falo. Me incomoda ver essa pessoa e não me tornar amiga dela ou se me tornar não poder dar bronca.
Mas, quando tenho dias como ontem, que fui fazer compra de mês, sinto muita falta dela. Quem vai guardar todas as coisas? Quem vai cuidar das verduras, frutas? Quem vai fazer comida? Euzinha né!
Ter ou não ter uma empregada doméstica? Cada vez que tenho que arrumar a cama, lavar ou passar uma roupa, guardar as compras, cuidar das verduras eu quero ela comigo. Nos outros momentos da vida não preciso dela.
Tenho uma faxineira que está na família há anos. Ela vem uma vez por semana, limpa a casa e passa roupa. Queria que ela estivesse aqui todos os dias, mas, ao mesmo tempo não queria. O que ela vai ficar fazendo o dia todo? Lavando alface? Limpando os vidros? Meu apartamento é pequeno, não tem tanta coisa para fazer. E eu por outro lado perderia parte das “atividades rotineiras” que tenho para fazer e posso dizer que faço alguma coisa – assim ninguém me chama de desocupada! Se eu não guardar as compras o que irei fazer? Dormir? Comer? Ai, que difícil....
É um dilema e sempre que me estresso com a situação vira briga em casa. Eu digo que quero uma empregada doméstica, meu marido fala para eu arrumar e eu começo: mas o que ela vai fazer a semana toda? Onde arrumar alguém de confiança? E sempre desisto da ideia.
Como já disse sou a favor do fim desta atividade – é muito ingrata! Todo dia você faz a mesma coisa e ninguém percebe. O dia que você não faz é um escândalo. Saiu na Revista Veja de 19/10 uma matéria sobre o tema. José Pastore (USP) afirma o que eu já penso há muito tempo: estamos vivendo um momento de transformação desse profissional a exemplo dos países desenvolvidos. As filhas das empregadas domésticas não são mais empregadas domésticas. Elas estudam, fazem faculdade e optam por outras carreiras.
Mas não somos um país desenvolvido. Morei nos Estados Unidos em 1993 e lá não tínhamos empregada doméstica. Cada um lava a sua roupa, coloca na secadora e guarda. Todos ajudam a fazer o café da manhã, o jantar, fazem a compra do mês. Existe revezamento para passear com o cachorro e passar o aspirador. Claro que também existe mais tecnologia: máquina de lavar roupas, secadora e máquina de lavar louça com tecnologia de 1ª e preço justo, roupas que não encolhem na secadora, alimentos mais fáceis de preparar (e isso engorda).
Outro dia, lendo para minha filha de 5 anos Bisa Bia Bisa Bel (Ana Maria Machado) - cuja edição original é de 1982, me deparei com um trecho onde a personagem principal – Isabel – conversando com uma amiga da escola descobre que tem amigos novos na sala de aula que são brasileiros que voltaram depois do exílio. Elas falam que além deles terem um sotaque estranho, eles não têm empregada porque a família faz tudo. As duas acham isso um absurdo. Então a bisneta de Isabel que mora nela – Neta Beta – exclama espantada: “grande coisa! Um espanto é essa gente que não sabe fazer nada sem empregada... Deus me livre ser patroa de alguém... Esse tempo já ficou muito pra trás...”. A Neta Beta é do futuro. Engraçado, quase 30 anos depois ainda não chegamos neste futuro...
É temos que refletir... Espero que a gente um dia consiga melhorar os preços, produtos e serviços para nos “livrarmos” das empregadas domésticas e termos mais economistas, administradoras, médicas, pesquisadoras, engenheiras neste país.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Falar, falar, falar sem ouvir

Sou uma pessoa tagarela por natureza. Gosto de conversar, falar, contar casos. E também sempre critiquei as pessoas que falam sem parar, sem respirar, que emendam uma conversa na outra.
AHA! Me peguei falando assim! Só eu falo, o tempo todo, e a culpa é desse meu trabalho! (tenho que culpar alguém, algo, menos eu!).
Fico praticamente o dia todo sozinha, sem ninguém para conversar e quando aparece alguém, coitado... eu começo a contar coisas, falar, sem esperar resposta, sem respirar. Que pessoa chata!
Tem gente que ao contrário de mim, quanto menos interagir melhor. Elas devem ficar bem felizes neste trabalho, mas eu sinto falta de colegas de trabalho, conversas bobas, brincadeiras no café, reclamar do chefe, essas coisas. Mas também tem muita gente no meu trabalho que é como eu, começa a falar e não para mais. Outro dia encontrei algumas pessoas e observando, elas tem que contar o que estão fazendo, como está a vida, o que estão assistindo, lendo. Uma necessidade humana de se comunicar.
Minha mãe conta que sempre fui assim, de contar os mínimos detalhes do dia, o que aconteceu, o que eu fiz, como foi as coisas. Quando morei fora também fazia isso com minha família lá e no começo eles ficavam loucos de ter que ficar me ouvindo, mas depois eles acabaram se acostumando e sentiram falta quando voltei. Hoje, casada, sempre cheguei do trabalho e contei todos os detalhes do dia para o meu marido que chamava de “sessão descarrego”.
Hoje meus relatos são curtos, não tem muita empolgação nem muita novidade. É mais coisas de casa, filhos. E uma pessoa ficar tagarelando horas sobre essas “bobagens” concordo: é muito CHATO!
Prometo a todos que vou me controlar mais. Vou controlar essa ansiedade de falar, de ser alguém, de ter conteúdo e deixar as pessoas falarem. Vou ouvir e respeitar a hora de falar e a hora de parar.
Bjs

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Trabalho Temporário NÃO é Incompetência

A maioria das pessoas que assumem o trabalho temporário é acometida de uma sensação de incompetência profissional.

Vamos deixar claro: sem trabalho não é incompetência. É um momento, uma fase como outra qualquer. Definição de incompetência: falta de capacidade para desempenhar tarefa, função etc. Estar sem trabalho não significa que você tenha falta de capacidade para trabalhar, portanto, não é incompetente.

Esta semana encontrei vários ex-colegas de trabalho. Alguns estão na mesma situação que eu, sem trabalho, por terem sido demitidos mesmo. Outros estão assim por não acreditarem nos valores e conduta da empresa onde estavam trabalhando. Tem uma amiga que ficou sem trabalho durante anos para educar seus filhos e depois, no momento certo encontrou seu caminho novamente. Também tem aqueles que querem ficar sem trabalho - já não agüentam onde estão, mas não podem ou não tem coragem suficiente pra encarar o desemprego. Um amigo, muito qualificado, ficou 1 ano sem proposta de trabalho.

Todos com quem falei me contaram suas experiências, me deram força neste momento, foram solidários, tentaram de alguma forma me consolar e me ajudar - manda seu currículo, o que você está procurando?, semestre que vem aparecem aulas para você com certeza.

Sinceramente, quero dar aulas sim! A sala de aula é meu mundo, minha vida. Ser a atriz principal naquele palco de conhecimento me energiza, me encanta, me diverte! Mas tem vários porém nesta história. Hoje, diferente de 10 anos atrás, a carreira de professor universitário está em baixa. Existem muitos professores, muita concorrência na educação superior e péssimos salários. Já houve um tempo que você podia viver tranquilamente só de aulas. Atualmente o valor hora/aula caiu 37% . Hoje o professor universitário tem que pegar 40 horas semanais e isso é difícil em uma única instituição. Então ele dá aula em duas, três faculdades, trabalha em uma empresa e a qualidade de seu trabalho de docente ou seu trabalho empresarial cai. E isso é assunto para outro post....

Voltando, não estou sem trabalho porque sou incompetente, mas talvez porque atualmente minha profissão não esteja valendo a pena, ou porque o mesmo amando dar aulas, tenho prioridades como minha amiga, na educação de minha filha, ou ainda porque estou curtindo essa vida sem muita rotina...

Que fique claro que não estou parada! Tenho minha pesquisa sobre Valores Organizacionais que está rendendo artigos, tenho um projeto secreto com minha irmã, e é claro, estou procurando emprego. Mas tudo tem seu tempo e hora. Uma amiga falou: as coisas acontecem, mas nem sempre no momento que você quer. Dê tempo ao tempo e não se sinta incompetente. Muito pelo contrário: você é competente por estar desenvolvendo novas competências e habilidades durante este período.

Bjs